segunda-feira, 1 de abril de 2013

Consultor é o novo papel do Professor

Texto de Mauro Nunes
Normas, regras feitas para adultos, regulamentos e programas a cumprir sobre os quais eles não tiveram nenhuma participação são os grandes inibidores e destruidores da criatividade. E da inteligência natural, presente em cada pergunta formulada por uma criança.
Preserva-se a questionável autoridade de professores de gerações passadas – e, muitas vezes não atualizados – de inibir e tolher a curiosidade e o espírito pesquisador do jovem.
Segundo as famigeradas normas, perguntas só dentro do texto que o professor leu. Respostas somente àquelas que estão nos livros adotados ou na cabeça do professor. Fora disso é heresia e o jovem pode receber o castigo da inquisição.
Um passeio pela história registra o curioso fato de que os gênios estão escasseando. Dos filósofos gregos, com Aristóteles, Sócrates e Platão, passando pelo renascimento, com Leonardo Da Vinci, Gutenberg, Michelangelo, até o século das invenções, com Thomas Edison, Albert Einstein, Isaac Newton e outros.
É como se o coeficiente de genialidade venha declinando na medida em que se fortalece a estrutura do sistema de ensino convencional. É uma curiosidade a ser explorada pelos especialistas.
Em que momento perdeu-se no tempo a capacidade de formular perguntas e nos concentramos nas respostas?
Em nome da humanidade, da evolução, do crescimento das novas gerações, os jovens precisam resgatar urgentemente a sua capacidade de fazer perguntas, de serem instigadores do debate e das discussões em torno do atual, convencional, retrógrado e fossilizado sistema de ensino.
Aos professores o alerta de que a mesmice e o quase intocável paradigma de que a educação é confinada às escolas demandam urgente reflexão.
Afinal já começa a se consumar a previsão feita por Peter Drucker em 1996 “A função docente consistirá muito mais em orientar, dirigir e motivar do que em transmitir informações”.
Sem o conforto do emprego ao concluir seus cursos os jovens precisam estar preparados para construir seu próprio futuro. Muitas vezes eles sabem as perguntas certas, mas, são tolhidos como estorvo pelo professor inconsciente.
O professor de antigamente que enfileirava seus alunos e ainda enfileira em carteiras formando as chamadas “filas indianas”, assumia atitude de autoridade suprema e castigava os “mal comportados” estão com seus dias contados.
Uma rápida navegação na Internet – onde se tem tudo que o professor diz aos alunos é suficiente para perceber que o fluxo de conhecimentos mudou, os alunos mudaram e os professores não atinaram para o “pequeno” e poderoso detalhe.
Bem que a colaboração de um professor-consultor nessas horas seria de extrema valia. Este é o novo papel do docente, seja do primeiro ou do terceiro grau.
Fonte: www.administradores