segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Comece o ano Sem dívidas e faça os Sonhos saírem do papel em 2013


Especialista ensina como aproveitar a renda extra do final do ano e se programar financeiramente para realizar projetos a partir de janeiro

Todo final de ano é a mesma coisa: você faz uma lista de sonhos que quer realizar no ano seguinte, mas passam as festas, os meses chegam ao fim e você percebe que, mais uma vez, os planos não saíram do papel.

Para que em 2013 o final de história seja diferente, o especialista em educação financeira Janser Rojo, da QI Financeiro Consultoria, dá diversas dicas e ensina que, com planejamento, é possível quitar dívidas e, finalmente, fazer aqueles projetos antigos acontecerem.

Saia do Vermelho
Para quem tem dívidas e o nome inscrito em órgão de proteção ao crédito, a primeira coisa a fazer é quitá-las. "Aproveite o 13º salário, participação nos lucros e outras bonificações para organizar seus débitos. Veja aqueles que têm os maiores juros e que estão em atraso, gerando juros extras, como cheque especial ou cartão de crédito cuja fatura vem sendo paga pelo valor mínimo. Acabe com estas dívidas assim que possível e fique somente com aquelas que têm parcelas fixas e sem nenhum saldo atrasado. Para estas, faça um planejamento doméstico onde elas caibam com folga", ensina Rojo.

Mude seus Hábitos
Caso você nunca consiga realizar os sonhos que planeja por falta de dinheiro, é possível que você tenha maus hábitos financeiros. Então, é hora de mudá-los. "Poucas pessoas sabem exatamente como gastam seu dinheiro e por isso acabam perdendo grandes quantias. É preciso anotar tudo o que se gasta para saber para onde os recursos financeiros estão indo. Só assim é possível cortar gastos desnecessários e poupar", alerta Rojo.

Ainda segundo o especialista em finanças pessoais, é preciso saber usar o cartão de crédito e cheque especial: pague as faturas no valor total que assim estará usufruindo de todas as vantagens do cartão, como milhas e adiamento para o pagamento. Se não for conseguir pagar o valor total, escolha opções mais baratas de endividamento, como crédito pessoal. Cheque especial não é dinheiro na sua conta, é dinheiro do banco e ele cobra caro por isso. Utilize com moderação, poucas vezes durante o mês e para baixos valores.

Faça uma Lista e abra uma conta de Sonhos
Para não perder o foco com o passar do tempo, Rojo sugere fazer uma lista de projetos. "Saiba exatamente para onde quer direcionar seus esforços e o que lhe deixará realmente satisfeito. Tendo essa lista bem definida e acessível, com certeza você deixará de gastar com outras tentações que aparecerem no caminho", esclarece.

O especialista sugere que uma conta separada seja criada, a "conta do sonho". "Esta é uma aplicação especial onde todo mês você vai depositar uma parcela do seu dinheiro antes de pagar qualquer conta.

Pode começar com pouco e depois ir aumentando, se conseguir. Se o sonho é uma viagem para a França, por exemplo, que custa R$ 10 mil e você já tem na conta R$ 2 mil, significa que seu sonho está 20% alcançado, o que é diferente de ter um sonho que nunca sai do papel. Além do mais, isso gera motivação para continuar atrás dos 80% faltante, e evita gastos com outras coisas que são menos importantes para você", finaliza.

Por Redação, www.administradores.com

domingo, 30 de dezembro de 2012

Os "milagres econômicos" da Guerra Fria


A lógica da Guerra Fria pesou decisivamente na origem dos "milagres econômicos" na Alemanha, Japão, Itália e Coreia, e na transformação posterior desses países em peças centrais da engrenagem econômica do poder global dos Estados Unidos, pelo menos até a década de 70.

Salvo engano, foi o jornal The Times que falou pela primeira vez - em 1950 - de "milagres econômicos", referindo-se à países com prolongados períodos de altas taxas de crescimento econômico sustentado. Depois, esta expressão foi utilizada para caracterizar o crescimento da Alemanha, Itália, Japão, Coréia e Brasil, entre as décadas de 50 e 80, período áureo da Guerra Fria.

Entre 1950 e 1973, o produto nacional da Republica Federal Alemã, cresceu à uma taxa média anual de 5,05%; no mesmo período, a Itália cresceu 5,68%; o Japão, 9,29%; e a Coréia do Sul, 9.85%. No Brasil, as taxas foram mais altas e descontínuas, com uma média de 8%, entre 1955 e 1960, 11%, entre 67 e 73, e 6,4% entre 74 e 80, mas com uma queda significativa no período 61/67. Assim mesmo, depois de 1980, a taxa de crescimento de todos estes países caiu de forma desigual mas permanente.

Agora bem, a despeito de suas grandes diferenças históricas e políticas, Alemanha, Japão, Itália e Coréia foram derrotados e destruídos - na II Guerra Mundial ou na Guerra da Coréia - e depois foram ocupados e transformados em "protetorados militares" dos EUA. Logo depois da guerra, a ideia americana era desmontar as antigas estruturas econômicas destes países. Mas depois do começo da Guerra Fria e do fim da Guerra da Coréia, este projeto inicial foi substituído por uma política diametralmente oposta de estimulo ao crescimento econômico, com forte dos governos locais, e dos próprios agentes econômicos e instituições privadas do pré-guerra.

Por isto, se pode dizer com toda certeza que a lógica da Guerra Fria pesou decisivamente na origem dos "milagres econômicos", e na transformação posterior daqueles países, em peças centrais da engrenagem econômica do poder global dos Estados Unidos, pelo menos até a década de 70.

No caso do Brasil - que foi aliado dos EUA na II Guerra - o caminho foi diferente, mas também se pode falar de um "convite" que foi aceito - depois do Acordo Militar Brasil-EUA, de 1952 - e que transformou o Brasil no pivot central da estratégia desenvolvimentista norte- americana, para a América Sul. A nova política foi experimentada primeiro com o governo JK - inteiramente alinhado com os EUA e com o colonialismo europeu - e só depois, a partir de 1964, sob comando direto do regime militar.

Depois de quase três décadas de "milagre econômico", entretanto, este processo foi interrompido pela "crise americana" da década de 70, e pela nova mudança da política internacional dos EUA. Tudo começou com a reaproximação da China, no início da década de 70, que levou à derrota/saída americana do Vietnã, e ao redesenho do equilíbrio do poder, no sudeste asiático. Foi neste mesmo contexto que os EUA decidiram abandonar Bretton Woods, liberando sua moeda e iniciando a desregulação do seu mercado financeiro, com a lenta construção de um novo sistema monetário internacional, baseado no dólar, mas sem base metálica.

A nova estratégia permitiu o cerco e desconstrução final da URSS e o fim da Guerra Fria, mas ao mesmo tempo, ela desativou ou esvaziou o papel econômico que fora ocupado pela Alemanha e pelo Japão, e secundariamente, pelo Brasil, durante as primeiras décadas da Guerra Fria. O crescimento econômico médio anual da Alemanha caiu para 2,10%, entre 1973 e 1990; o do Japão, caiu para 2,97%; o da Itália, para 1,76; o da Coréia, para 6,77; enquanto o Brasil entrava num longo período de estagnação.

No mesmo tempo em que a China se transformou no novo milagre econômico" do sistema capitalista mundial, enquanto a Alemanha e o Japão seguiam na sua condição de gigantes industriais e tecnológicos, mas com "pés de barro", ainda na condição de protetorados militares dos EUA e sem dispor de recursos naturais essenciais, além de serem igualmente dependentes do ponto de vista alimentar e energético.

Assim mesmo, no início da segunda década do século XXI, pode ser que o Japão e a Alemanha venham a ser resgatados, uma vez mais, como caminho de saída da crise, para os EUA, e como instrumentos da nova doutrina Obama, que se propõe fazer - desta vez - o cerco econômico e militar da China. O Japão e a Coréia estão sendo pressionados para participar da Trans-Pacific Partenership - TPP, que é hoje a pedra angular da política comercial de Obama, e que se propõe reunir dos dois lados do Pacífico, numa grande zona de livre comércio.

Ao mesmo tempo em que a Alemanha vem sendo estimulada a liderar um grande pacto comercial transatlântico, entre a UE e os EUA, e há quem proponha que o Brasil se junte à "aliança do pacífico". Neste novo xadrez, entretanto, o Brasil é muito menos desenvolvido que a Alemanha e o Japão, mas dispõe de recursos naturais e é auto-suficiente, do ponto de vista alimentar e energético. Por isto, talvez, só o Brasil tenha hoje condições reais de escolher um caminho que lhe dê maior grau de autonomia estratégica, e maior capacidade de projetar seus interesses e sua influencia, numa escala global.


Por José Luis Fiori  - professor titular de Economia Política Internacional da UFRJ e coordenador do Grupo de Pesquisa do CNPQ/UFRJ "O Poder Global e a Geopolítica do Capitalismo". (www.poderglobal.net)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

7 passos para construir atitudes positivas nos negócios


De acordo com Jeffrey Gitomer, autor de O Livro de Ouro das Atitudes, criar uma percepção e uma conscientização sobre atitude são os primeiros passos para adquirir uma atitude positiva. Poucas pessoas são ensinadas a manter uma atitude positiva desde a infância e isso não faz parte do currículo escolar.

A maioria delas acredita que tem atitudes mentais positivas, mas, na prática, ao menor sinal de pressão, desanimam com facilidade e acabam destruindo o pouco que conseguiram construir em momentos de lucidez. Otimismo e pessimismo se alternam com predominância do segundo. É a sua mente negativa conspirando com frequência.

Aposto que se você perguntar a todos os seus amigos a respeito, muitos vão dizer que se consideram pessoas otimistas, de atitude, capazes de superar problemas com frequência. É difícil admitir o contrário.

Da mesma forma, você já notou que a atitude mental positiva de algumas pessoas incomoda? A impressão que se tem é a de que uma pessoa otimista é alienada, vive no mundo da lua, não tem noção da realidade.

De fato, para muitos, é menos doloroso, ou mais prazeroso, pensar assim do que tentar mudar a sua própria condição. A síndrome do "coitadinho" é inerente ao ser humano, utilizada como refúgio e justificativa para tudo aquilo que a sua atitude mental negativa não consegue mudar.

O lado ruim de tudo isso é que, quanto mais você avança no tempo, mais difícil se torna a mudança. Portanto, enquanto ainda é jovem e tem um bom tanto de vida pela frente, quanto mais rápido você ajustar o discurso e a sua forma de pensar, mais benefícios vai atrair para sua vida e para seus negócios.

Em síntese, quanto mais você trabalha sua atitude, menos vulnerável se torna em relação aos aspectos negativos provocados por ela. Ao ler as histórias de Akio Morita (Sony), Soichiro Honda, Alexandre Costa (Cacau Show), Raul Candeloro (Venda Mais) e Eloy D´Avila (Flytour), entre outros, vai descobrir o verdadeiro valor de uma atitude mental positiva. Todos prosperaram em meio ao caos.

Agora, vamos transportar tudo isso para o mundo dos negócios. Se você possui uma atitude mental negativa, o sucesso alheio incomoda, chega a dar ódio. Por que é que você trabalha tanto para conseguir um pouco e algumas pessoas, para as quais você não dava nada, continuam prosperado?

Parte disso está diretamente relacionada com os seus modelos e as suas atitudes comparadas com as do seu suposto concorrente. Não estou falando aqui de grandes corporações. Refiro-me a pequenas e médias empresas que ainda seguem lutando para se posicionar no mercado e se manter em pé. O que acontece nas grandes corporações é uma realidade bem diferente.

Como mudar isso? A reflexão e a resposta para algumas questões são fundamentais para descobrir de que lado você está. A realidade não muda se você não mudar a forma de encarar as adversidades que estarão caminhando, lado a lado, até o fim da jornada, na vida e nos negócios.

1. Você é um empreendedor entusiasmado? Nada pode ser construído sem paixão e entusiasmo, portanto, ao empreender, coloque toda sua alma nisso, procure ver o lado bom das coisas e lembre-se de que, para tudo na vida, existe uma ou mais saídas.

2. Você se considera intimamente feliz? Se o dinheiro for a sua única esperança de vida, você nunca alcançará essa tal felicidade, portanto, a despeito de tudo o que possa lhe acontecer nos negócios, e vai acontecer, o que vai mantê-lo vivo é a sua felicidade interior; com dinheiro ou sem dinheiro, siga em frente, continue caminhando, pois, as coisas mudam com rapidez.

3. Você tem um bom discurso? Fale sobre o lado bom das coisas, mantenha um diálogo aberto e positivo, ignore a concorrência, mantenha distância daqueles que tentam desencorajá-lo, faça exatamente aquilo que a sua atitude mental positiva manda; priorize palavras que aumentem a sua atitude positiva.

4. Você focaliza as oportunidades em vez dos obstáculos? Já dizia Henry Ford que obstáculos são aquelas coisas medonhas que você quando tira os olhos do seu objetivo principal, portanto, evite coisas do tipo "não posso", "não devo", "não quero", "não vou" e utilize mais frequência "como", "quando", "o que", "quem" e "quanto".

5. Você procura aprender e crescer todos os dias? O mundo dos negócios é muito dinâmico e está em permanente reciclagem, portanto, é necessário reavaliar o conhecimento todos os dias; não há nada que não possa ser ensinado e nada que não possa ser aprendido; quanto mais você aprende sobre o seu próprio negócio, mais eleva a sua própria condição.

6. Qual é a origem da sua motivação? Se o seu negócio, de alguma forma, existe para ajudar milhares de pessoas, é um bom começo; embora seja necessário ganhar dinheiro, o desprendimento em relação ao dinheiro vai torná-lo mais útil e produtivo do que a maioria dos empresários que conheço.

7. O seu sucesso arrasta os outros para o sucesso? Não há nada mais encorajador e gratificante do que gerar prosperidade e torcer pelo sucesso das pessoas que trabalham contigo e dependem do seu negócio; o propósito de fazer as pessoas mais felizes faz toda diferença no sucesso da Disney.

Como diz o próprio Gitomer, atitude positiva não tem nada a ver com o que lhe acontece ou acontece com os seus negócios, mas, o que você faz com o que lhe acontece ou como você reage a isso.
Por Jerônimo Mendes www.administradores.com.br

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

3 Dicas para fazer sua Autoavaliação Profissional:


1-   Seja honesto (a) – Negar os pontos de melhoria é o que sabota o seu crescimento. O primeiro passo para evoluir é identificar quais as competências técnicas e comportamentais precisam ser desenvolvidas e focar no aperfeiçoamento destas habilidades.
DicaSe você tiver dificuldades em listar seus pontos de melhoria, peça aos colegas mais próximos, liderados e até mesmo aos seus superiores um feedback realista.
2-   Invista em aprimoramento – Quanto do seu tempo e remuneração você investe em aperfeiçoamento? Sem essa disponibilidade para aprender mais, você corre o risco de ficar  estagnado profissionalmente.
Dica- Procure ler mais e se interar-se e estar atualizado sobre sua profissão. Se o dinheiro não está sobrando, busque cursos grátis na internet. Só não deixe de buscar informações novas e que complementem e potencializem sua atuação.
3-    Felicidade com seu trabalho - A satisfação com o trabalho é fundamental e a maior motivação para realizar suas tarefas com prazer, agilidade e eficiência. Se você não gosta do que faz, procure saber se na empresa há vaga no departamento que deseja atuar.
Dica- Caso não tenha nenhuma vaga, avalie se vale a pena continuar. Se você realmente deseja sair, busque novas oportunidades em outra organização.
Ao fazer esta autoavaliação é possível compreender melhor as suas motivações e metas profissionais. Esta revisão permite ainda que o profissional se conheça melhor, e com isso, foque assertivamente em alcançar aquilo que deseja para sua carreira. Faça  sua autoavaliação e tenha um 2013 Extraordinário!
Por José Roberto Marques - Fonte www.terra.com.br

domingo, 23 de dezembro de 2012

Investir só no que você conhece é um erro


Caro leitor,

Conforme combinamos, prossigo com o objetivo de detalhar os seis principais erros cometidos pelo investidor iniciante. Abordá-los tem sido muito bom também para mim, já que posso compartilhar com vocês aquilo que vivi e passei antes de conseguir transformar meu dinheiro em um aliado rumo à independência financeira.

Durante meus primeiros anos de investimento, percebi que tinha a tendência de escolher o caminho mais simples e menos desafiador. Isso significava investir pedindo conselhos aos meus pais e familiares. Acontece que muitos deles simplesmente não tiveram oportunidades de maximizar seus ganhos através de aplicações como bolsa de valores, Tesouro Direto e Fundos de Investimento Imobiliário (FII), para ficar em alguns exemplos. Tais opções ou não existiam ou estavam disponíveis apenas para investidores diferenciados. 

Erro 2: Investir só no que você conhece.
Todos nós temos um histórico relacionado ao aprendizado de finanças pessoais e investimentos. Grande parte de nosso conhecimento vem do que aprendemos com os pais e pessoas mais próximas, bem como a partir de nossas experiências (positivas e, sobretudo, negativas). Os dias atuais exigem uma postura diferente em relação ao dinheiro - explico isso melhor no ebook "Educação Financeira: um estilo de vida" .

O Brasil era outro antes da chegada do Plano Real e do amadurecimento de nosso mercado financeiro como um todo. Assim, eu era influenciado a manter parte do dinheiro na poupança, investir em fundos bancários ou partir para os imóveis, que eram considerados investimentos de maior risco. E só. Por algum tempo, esse era todo o meu conhecimento de investimentos.

Então decidi investir em minha formação e parti para a leitura incansável de livros, artigos e revistas da área. Fiz contato com diversos profissionais e aumentei o leque de alternativas de investimento à minha disposição. Quero dizer, eles sempre estiveram disponíveis, mas eu não tinha informação complementar alguma sobre como aproveitá-los em meu portfólio. Decidi mudar essa realidade.

Cito dois exemplos clássicos de falta de informação:

1. Renda fixa
Para muitos, investir em renda fixa é simplesmente colocar dinheiro em um fundo conservador indicado pelo gerente bancário. Para minha sorte, descobri que comprar títulos do governo pode render muito mais. O Tesouro Direto permite que qualquer cidadão brasileiro possua títulos atrelados à Selic (taxa básica de juros). Ora, por que pagar taxa de administração ao banco se podemos comprar os mesmos títulos diretamente? O economista Humberto Veiga, amigo e especialista na área, tem um excelente ebook sobre isso, chamado "O Essencial Sobre Tesouro Direto" .

2. Renda variável
Alguns parentes de idade mais avançada não suportam que eu mencione o mercado de ações como parte de minha estratégia de investimentos. Costumo escutar frases tipo"Lá só existem especuladores" ou "Isso está mais pra jogo, cassino, que investimento". Soa familiar? A realidade é outra: o mercado de ações é a forma mais barata de uma empresa financiar-se, já que ao lançar ações ela quer sócios que acreditem nela (e não dinheiro emprestado e que deverá ser devolvido com juros). Ou seja, é fundamental para o crescimento do país como um todo. Nós temos inúmeros videos explicando o mercado de ações, assista em www.youtube.com/dinheirama.

Reflexão
Faça uma avaliação de sua situação seguindo este breve roteiro:
·  Onde você investe seu dinheiro atualmente?
·  Por que escolheu esta(s) alternativa(s)?
·  A rentabilidade acumulada satisfaz seus objetivos?
·  Você cria justificativas ou inventa dificuldades para não investir em outro produto, preferindo usar o dinheiro para consumir?
·  Faria diferente se tivesse mais conhecimento relacionado a investimentos?
·  Será que não é possível investir melhor?

Curiosidade: os pesquisadores Trond M. Døskeland, da Norwegian School of Economics and Business Administrations, e Hans K. Hvide, da Aberdeen Business School, publicaram o estudo “Do Individual Investors Have Asymmetric Information Based on Work Experience?”, que mostra que as pessoas que investem apenas em ações a que estão profissionalmente ligadas não conseguiram obter melhores resultados que a média do mercado.

Investir só nos produtos que já conhecemos traz alento e permite facilidades na tomada decisões, é verdade. No entanto, agir sempre assim pode levá-lo ao vicio de investir em alternativas cada vez menos rentáveis, deixando de lado verdadeiras oportunidades de multiplicar seu patrimônio. É hora de aprender mais!


Por Conrado Navarro Sócio-Fundador do Dinheirama.com

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O desafio de transformar a educação em negócio

Conciliar o caráter social com a busca por seu crescimento econômico sustentável é o grande dilema das instituição de ensino privadas

A educação é a mola do desenvolvimento econômico, cultural e social, e o principal requisito para a formação de uma sociedade mais justa. Essa é a cantilena que se repete de norte a sul do Brasil, entoada nos ouvidos de estudantes, professores e representantes políticos da população, mas sem ser bem assimilada.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é de aproximadamente US$ 2,3 trilhões, alçando o país, no segundo trimestre de 2012, ao posto de sétima maior economia do planeta. Mas o investimento em educação entre 2000 e 2009, embora tenha aumentado 149%, está longe do recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Segundo números do órgão, o Brasil investe US$ 1,6 mil por aluno no ensino pré-primário, US$ 2,4 mil no ensino primário e US$ 2,2 mil no ensino secundário. O recomendado é de, respectivamente, US$ 6,6 mil, US$ 7,7 mil e US$ 9,3 mil. Isso nos deixa na retaguarda em um ranking de mais de 30 países - uma contradição evidente para a sétima economia global. Atualmente são investidos 5,1% do PIB em educação, número que deve ser elevado para 10% de forma gradativa, de acordo com o novo Plano Nacional da Educação (PNE).

O Censo Escolar de 2010 aponta que 85,4% dos 51,5 milhões de alunos da educação básica estudam na rede pública de ensino. Apenas 7,5 milhões estudam em instituições de ensino privadas, e aqui surge um outro dilema: como garantir que a educação, um direito constitucional básico, seja um negócio rentável, que permita ao seu gestor obter lucro e revertê-lo em modernização, estrutura, novos métodos pedagógicos e professores e funcionários bem qualificados?

Uma unidade pulsante da sociedade
"Educação como negócio não é um tema tão fácil quando colocado dessa maneira", afirma Henrique Tichauer, diretor de marketing da Pearson no Brasil, empresa que comanda o Sistema COC de Ensino e a Pueri Domus, dentre outros serviços do ramo. "Na realidade todo negócio de sucesso precisa ter pessoas apaixonadas pelo que fazem, para que entendam e consigam transmitir a mensagem certa, envolver o cliente. A diferença é que se apaixonar por educação é mais fácil, todos querem ser agentes de mudança no mundo", compara.

Essa visão coloca a educação e a administração em uma mesma encruzilhada: ambas podem ser combinadas com o objetivo de mudar não apenas o mundo, mas a vida de muitas pessoas. Sem uma gestão eficiente, sem estratégias e planejamentos típicos de uma empresa capitalista, uma escola ou grupo educacional - seja público ou privado - não passa de um grande prejuízo financeiro e social.

Para Tichauer, existem pelo menos dois aspectos que distinguem uma empresa do ramo da educação:
1. O ciclo só se completa quando um aluno ou aluna realmente aprendeu o conteúdo, as habilidades e competências que ensinamos pelos professores, nossos parceiros nesse processo. Não basta entregar, é necessário ter certeza de que a oferta de produto e serviço foi recebida, entendida e incorporada à vida das pessoas.

2. A educação é um processo contínuo e de ciclo longo e amplo. Quando temos a oportunidade de beneficiar crianças nos seus primeiros anos do Ensino Infantil, assumimos com elas e com seus familiares um ciclo que pode se estender por toda a vida. Se pensarmos somente na fase escolar do Ensino Infantil ao Ensino Médio são 17 anos, sem contar o estudo universitário e o aprendizado de idiomas, por exemplo, que podem não ter idade para acabar.

Além de impactar décadas das vidas de vários alunos, outras pessoas estão diretamente envolvidas no processo: famílias, colaboradores, professores e até moradores das regiões circunvizinhas ao estabelecimento escolar - incluindo potenciais clientes. "A escola é uma unidade pulsante da sociedade", diz Karamuh Martins, professor e diretor do Colégio Motiva Ambiental, de João Pessoa (PB). Segundo ele, a implementação de uma empresa desse ramo tem reflexos até no trânsito e toda a infraestrutura urbana local. "Apesar disso tudo, a escola precisa acontecer", declara. Confira a entrevista no vídeo abaixo.


Educação para formar mão de obra
Um dos maiores temores do segmento da Construção Civil brasileira é o apagão de mão de obra durante os próximos anos. O crescimento da demanda por imóveis dentro e fora dos grandes centros comerciais, a necessidade de erguer estádios e aeroportos em dois anos e a manutenção de toda essa infraestrutura requer pessoal qualificado para trabalhar. Uma categoria especial de trabalhadores: nem formandos das escolas superiores de engenharia nem operários que contam apenas com a própria experiência, mas técnicos em diversas áreas da construção, desde instaladores hidráulicos até especialistas em acabamento.

Não é um problema simples. Uma sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 89% das empresas da Construção Civil sofrem com a falta de trabalhadores qualificados para os canteiros de obras. Destas, 94% têm sérias dificuldades em encontrar profissionais básicos, como pedreiros e serventes. Isso equivale a dizer que o apagão de mão de obra não é um cenário do futuro, já está acontecendo.

Enxergando essa rachadura no mercado de trabalho como uma oportunidade, o empresário Sidney Bezerra fundou uma escola especializada em prover mão de obra especializada para a Construção Civil, a Concretta.

O público-alvo: pessoas que já estão no mercado ou querem ingressar, com escolaridade a partir do ensino fundamental. "Muitas pessoas nesse mercado nunca entraram numa escola, então a gente tenta aplicar, além das disciplinas técnicas, noções básicas de cidadania e sustentabilidade, por exemplo", destaca.

Para atrair esses alunos, não é suficiente permanecer encastelado no escritório planejando estratégias e esperando que os clientes apareçam. É preciso ir a campo. "Trabalhamos com duas áreas principais, que são a comercial e a pedagógica. Na primeira, procuramos ir até a casa do potencial aluno, mostrar a realidade e como a educação profissionalizante pode fazer a diferença na sua qualidade de vida, ganhar mais dinheiro mesmo", explica. "O aluno quer sair trabalhando, por isso fazemos essa ponte entre mercado de trabalho e escola. em alguns casos nós ajudamos na recolocação do profissional", relata o empresário.

O modelo de negócios: expansão através de franquias. Criar uma estrutura administrativa e financeira que permita a abertura de filiais pode ser um processo lento e demorado, portanto atrair parceiros e estabelecer uma relação onde todos ganham foi a alternativa encontrada pelo empresário. A Concretta já vendeu 10 franquias e está negociando outras 8 em vários estados brasileiros. "Nós enviamos o plano de negócios ao interessado e mostramos que é rentável", afirma.

Ensino a distância: uma modalidade promissora
Os números do ensino a distância no Brasil crescem a passos largos. Em 2005, eram 1,2 milhão de alunos, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). Este ano, o Censo EAD.Br apontou que 3,5 milhões de alunos aderiram à modalidade em 1.424 instituições de ensino listadas pela Abed. A maior parte dos cursos estão categorizados como "livres", geralmente de atualização ou aperfeiçoamento pessoal e profissional. Lembrando que cursos livres não precisam ser autorizados pelo MEC para funcionar, e, ao final, devem entregar um certificado ao aluno - nunca diploma.

Usar a tecnologia em favor da educação é uma saída que pode não apenas atrair o interesse do aluno, que não precisará se deslocar para uma unidade física, mas também solucionar o problema da acessibilidade e economizar gastos com expansão. Um curso transmitido de um estúdio em São Paulo pode ser assistido por um aluno de Rio Branco, que por sua vez pode interagir com outro de Recife.

A InteraSat se especializou em oferecer cursos a distância e semipresenciais para concursos, OAB, Enem e outros processos seletivos ou de admissão, totalizando 16 áreas. A estratégia para atrair alunos foi diversificar a oferta de cursos, criando a Interasat Multicursos. "Isso também gera uma fidelização com a marca", acredita Flávio Janones, diretor de Marketing. "Um aluno que começa na escola fazendo um curso de capacitação em informática, passa por cursos de idiomas, pelo ENEM, por um preparatório para OAB e depois ainda pode fazer uma pós-graduação", diz.

Para focar no core business, a parte de tecnologia ficou a cargo de uma parceria com a DottaTec. Como uma parte dos cursos é semipresencial, uma vez que requerem atividades práticas em laboratório, o modelo de franquias também foi adotado. "Cada unidade funciona, basicamente, com dois recepcionistas e o gestor. O custo fixo é muito baixo. Cada franqueado possui exclusividade territorial (para cidades até 200 mil habitantes), desta forma não ocorre uma concorrência interna entre os franqueados. Com este modelo de negócios flexivel é possível a abertura de unidades em cidades de até 10 mil habitantes", explica Janones.

Quer começar? Confira quatro dicas para abrir uma empresa na área de educação
- Uma escola, mesmo privada, é uma concessão pública e precisa de uma autorização especial dos órgãos competentes. No caso de escolas de base, são os Conselhos Estaduais de Educação quem fornecem as autorizações

- Em escolas de base, o aluno não é o cliente, e sim os pais ou responsáveis legais pelo aluno. Portanto, é mais um público para estabelecer relações

- Educar é uma função social e o seu produto final sempre são pessoas. "Uma empresa de educação não pode perder nunca o referencial de que está trabalhando em um processo de formação de seres humanos", lembra Karamuh

- Uma escola vai fazer parte da vida de uma pessoa. As primeiras amizades, paqueras e relações sociais dos alunos são estabelecidas na escola. O administrador deve ter isso em mente durante todas as decisões.

Por Agatha Justino, Eber Freitas, Fábio Bandeira, Mayara Chaves e Simão Mairins, www.administradores.com.br

domingo, 16 de dezembro de 2012

Metas: ter ou não ter, eis a questão


Metas são excelentes para quem quer crescer na vida e nos negócios. O problema é que as metas, se não forem bem trabalhadas, mais paralisam do que impulsionam as pessoas.

Eu gosto de metas, mas sei o quanto elas podem fazer mal quando não são bem delineadas e explicadas aos colaboradores. Sou a favor de termos metas e também comungo da ideia de que elas devem ser desafiadoras. Porém, vou dizer algo que você não lê com frequência: "para a maioria das coisas grandes que a gente conquista na vida, não tínhamos metas ousadas ou sequer tínhamos alguma".

Quando meu primeiro filho estava para nascer eu não tinha emprego. Minha meta, se é que podemos chamar assim, era ter condições de comprar fralda e leite para ele, afinal, raramente alguém no fundo do poço consegue pensar em metas desafiadoras. O que a gente quer mesmo é ser capaz de manter o sustento básico. Com paciência e persistência as coisas foram mudando e, acredite, a maior parte das coisas que conquisto é porque ainda penso que preciso comprar leite e fraldas, e não porque traço metas mirabolantes.

É claro que entendo que precisamos pensar grande, desejar mais da vida, contudo, falar isso para quem não tem grana nem para um pacote de fraldas não tem o mesmo som de quando falamos para quem já está num patamar mais elevado.

Para mim, as melhores metas são aquelas que não focam em dinheiro, em volume de vendas ou produtividade. Se você falar para um vendedor que ele tem que vender um milhão de reais por mês, isso pode assustá-lo e não surtirá o efeito que a empresa deseja. Já se ele tiver como meta que sua família sinta orgulho por ser o melhor vendedor do mês e poderão ter uma farta ceia de Natal seu empenho será totalmente diferente. As empresas estão errando em dar metas para seu pessoal focando no quanto eles têm que vender ou produzir. Os líderes têm que compreender que devem mostrar o quanto os colaboradores vão ganhar, e não no quanto a empresa quer vender.

Deste modo: em vez de dizer "precisamos vender um milhão de reais este mês", devem falar: "quero que cada um ganhe 10 mil reais por mês, pois assim poderão comprar o carro dos sonhos, a casa própria, o brinquedo do filho. Portanto, façam suas contas e vejam quanto precisam vender/produzir".

Paulo, mas e os que não desejarem ter ou dar isso à família? Simples, aí você decide se deve ficar com eles, pois fazem um bom trabalho, mesmo não tendo ambição de crescer, ou se os demite, caso precise de pessoas mais arrojadas, ambiciosas.

Você, colaborador, foque diferentemente as suas metas. Não pense em ganhar dinheiro e mais dinheiro. Pense em colocar mais sorrisos no rosto dos seus clientes, e no rosto de quem ama, em dar conforto à sua família, em comprar a bicicleta nova para o filho, ou, de pelo menos dar a ele um tênis novo para ir ao colégio. Isso é muito mais valioso do que bater metas da empresa. Modificando o foco você tem muito mais condições de bater qualquer outra meta que receber.

Por Professor Paulo Sérgio – www.administradores.com.br

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

28 de Outubro 1717, uma data que ninguém lembra! Obrigatoriedade do ensino primário na Prússia


A data de 28 de Outubro de 1717 foi a data em que Frederico Guilherme I (Friedrich Wilhelm I), rei da Prússia instituiu a obrigatoriedade do ensino primário no seu país, obrigando que as crianças ficassem de 5 a 12 anos na escola. Inclusive na mesma época o déspota esclarecido impediu por lei a contratação de qualquer criança que não houvesse concluído o ensino obrigatório.
Lembramos muito da Alemanha como um estado déspota e autoritário, e simplesmente ignoramos que em termos de política de ensino público este país sempre foi líder na Europa.
Fala-se muito na Revolução Francesa que procurou instituir em 1789 (72 anos após a Prússia) o ensino público, mas mesmo assim contra a opinião de Iluministas Franceses como Voltaire, que declarava como inútil a alfabetização do povo.
Os teóricos da educação insistem em ignorar o fato que por mais voltada para a criação do bom soldado, do bom operário a universalização da educação como foi feita na Prússia, foi mais revolucionária do que um monte de baboseiras filosóficas em termos de educação dos últimos 100 anos.
Decreto real que institui o ensino obrigatório na Prússia

Só para provar a minha simples tese, foi a educação Prussiana que criou mentes como Marx, Engels e centenas de pensadores alemães do século passado.
Li a pouco uma tese de 2010, de uma das principais Universidades do país, onde na introdução sobre o ensino público está escrita a seguinte passagem:
"Com a revolução Francesa foi desencadeada uma luta pela expansão da escola pública e da articulação entre ensino primário e secundário,...."
Ou seja, a autora simplesmente ignora que na época da Revolução Francesa, o ensino público era universalizado em toda a Prússia e obrigatório em 8 anos (já haviam aumentado o ensina básico).
Logicamente, este incremento do ensino público não foi devido a teorias Marxistas, pois o próprio Marx é que estudou no Liceu Friedrich Wilhelm em 1830, mas Marx teve a sua formação graças ao próprio Friedrich Wilhelm. Provavelmente se Marx e outros grandes pensadores do século XIX se tivessem nascidos em outro país europeu não teriam deixado o legado que deixaram.
Este último parágrafo é simplesmente para ilustrar que a educação pública não nasce como teóricos modernos pretendem demonstrar no fim do século XIX e início de século XX.
Fonte: 
Autor: 
  blog do Nassif


terça-feira, 11 de dezembro de 2012

14 competências fundamentais a todo bom empreendedor


Diversas pesquisas têm sido feitas sobre o comportamento do empreendedor. Essas pesquisas mostram traços de comportamento que se manifestam e se combinam de diferentes maneiras e em diferentes graus de intensidade, em diferentes pessoas. Alguns integram as competências que todo empreendedor deve desenvolver.

Traçando um perfil característico, destacamos além do que citamos acima, as seguintes situações de comportamento da personalidade de um empreendedor: (em ordem de prioridade):

1. Senso de oportunidade
Antecipar-se aos fatos e criar novas oportunidades de negócios.

2. Dominância
Ter compreensão do assunto e prática do fazer.

3. Agressividade e realização
Ter energia para fazer acontecer.

4. Autoconfiança
Ter segurança em relação a seus propósitos.

5. Otimismo
Ser capaz de reagir bem, até na hora das dificuldades.

6. Dinamismo
Ter capacidade de agir de modo adequado sobre a realidade, sendo rápido e apresentando soluções.

7. Independência
Não sentir a necessidade de ter um "empurrãozinho" de outros para se mover e se animar.

8. Persistência
Ser capaz de manter-se firme e constante, sem perder a objetividade.

9. Flexibilidade e resistência a frustrações
Possuir a habilidade de rever posições, assumir o novo e ceder quando preciso.

10. Criatividade
Ser capaz de encontrar caminhos e soluções viáveis e reais.

11. Propensão ao risco
Saber calcular coerentemente os níveis de risco envolvidos.

12. Liderança carismática
Ter equilíbrio em liderar, para vencer com visão em um todo.

13. Habilidade de equilibrar sonho e realidade
Ter conhecimento de planejamento e de gerenciamento.

14. Habilidade de relacionamentos
Manter relacionamentos de forma objetiva, mas com critérios de respeito ao próximo e cordialidade.

Percebemos então, que o conceito de empreendedorismo é secular. Tão antigo, que pesquisar sobre o tema não é difícil. Existem muitas definições sobre o que é ser empreendedor, quais as suas características e o que é empreendedorismo, mas todas chegam a um denominador comum que é o de inovar, criar algo que vá além das necessidades e desejos do ser humano.

Aqui, observamos e aprendemos que o entendimento de tais características inerentes a personalidade empreendedora, contextualiza fortemente nosso momento mundial. A presença e força dos perfis empreendedores norteiam mudanças e quebram paradigmas a cada nova descoberta ou avanço da dita sociedade aprendiz. Isso mostra o quanto é importante ter consciência e responsabilidade com a formação de pessoas e profissionais que darão continuidade a este estado de mudança comportamental no homem.

Identificamos também, que não existe um perfil totalmente ideal de empreendedor. Os empreendedores podem ser sociáveis ou taciturnos, pragmático ou intuitivos, precavidos ou atrevidos. Não se pode definir um modelo único de perfil empreendedor. Existem sim, as características básicas que permitem, um nível de classificação. Apreende-se, desse resultado, um chamado ao compromisso maior por parte do empreendedor: que passa de "Ser" observado ao "Ser" da séria responsabilidade de condutor de novos modelos de empreendimento, sendo um facilitador de ações que gerem riquezas em todas as áreas.

Diante do que tratamos, verificamos que: identificar, buscar e imitar as atitudes de pessoas que tenham perfil empreendedor, principalmente no seu ritmo e dedicação ao trabalho, contribuirá para o desenvolvimento de nosso processo de crescimento como pessoas e profissionais, e assim contribuiremos de forma geral, para uma nação verdadeiramente renovada e produtiva.

Por Andrea Teixeira Guilhermon, www.administradores.com

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As cinco escolhas que você deve fazer para ter uma produtividade extraordinária


Reunião, trabalho, família, internet, saídas, e-mails, tecnologia, relatório, informação... Você já reparou quantas coisas precisamos dar atenção em nosso dia-a-dia?

E claro, manter o foco e não se distrair em diversas dessas atividades, principalmente no trabalho, é um desafio constante para a maioria das pessoas. Mas há solução. Isso quem garante é Luciano Meira, vice-presidente da FranklinCovey Brasil, empresa especializada na performance profissional e empresarial.

De acordo com o consultor existem cinco escolhas que podemos tomar para elevar a nossa produtividade ao extraordinário. Pasmem, trabalhar demais não é uma delas. "É um engano achar que ser produtivo é trabalhar sem parar", alerta Luciano.

O Administradores.com conversou com o consultor para descobrir algumas dicas de como o profissional pode ter mais foco em seu dia-a-dia e quais são as cinco escolhas para a produtividade extraordinária. Confira!

Cada vez mais as pessoas tem dificuldade de aumentar o foco e manter a sua atenção. Qual é a chave para o profissional melhorar a sua produtividade?
Tem que fazer escolhas sábias. Começa com o entendimento daquilo que tem valor. O que é que tem valor em sua vida? Se você definir isso com muita clareza, comece a focar mais o seu tempo, sua energia, a sua mente e a sua concentração nisso. Quando o ser humano quer - e ele foca - as coisas acontecem. A história é a prova disso. Tudo o que o ser humano fez de interessante, de diferente, extraordinário surgiu de alguém que conseguiu colocar foco naquilo.

Para sermos produtivos hoje, não podemos pensar em uma simples gestão do tempo, mas sim em uma gestão da produtividade pessoal. E temos cinco escolhas que nos levam a essa produtividade pessoal maior.

Quais são essas cinco escolhas para aumentar a produtividade?
Primeiro: cuidado com as urgentes. Hoje estamos em uma crise. As pessoas estão confundindo urgência com importância como se fosse a mesma coisa, mas não é. Muito do que fazemos com cara de urgência, não vai nos levar a lugar nenhum. Nós temos até uma matriz do tempo, bastante conhecida, tem quatro quadrantes revelando a urgência e a importância de cada tarefa. E o quadrante que nós devemos aumentar é o quadrante 2 que são as tarefas importantes e não urgentes (veja foto abaixo). Então, preparação, planejamento, estudo, relacionamento com as pessoas, essas questões são essências para aumentar a produtividade.


Colocar tudo como urgente desgasta mais o profissional, então?
Não só isso. Se você vive uma cultura de urgência, além de se desgastar, você não alavanca grandes resultados. A urgência está associada a apagar incêndio. Ninguém constrói nada fantástico apagando incêndio. A construção de projetos significativos depende de coisas não urgentes que são importantes.

Essa foi a primeira escolha. E as outras?
A segunda é buscar o extraordinário, achar algo que faça a diferença para você. É um trabalho de autoconhecimento. Eu diria que uma pessoa que está muito em dúvida sobre o que ela quer fazer sobre sua vida, tem dificuldade de ser produtiva nos dias de hoje.

Então, no caso, a produtividade tem que estar ligada a metas?
As metas realizadoras para o indivíduo e importantes para as empresas também. Geralmente quando os dois andam juntos é que a coisa acontece melhor.

Sobre a terceira escolha...
A terceira escolha é você programar o seu tempo. Aí já é uma habilidade. Como você faz o planejamento da sua semana, de seus dias? Você usa uma agenda, uma ferramenta eletrônica? Hoje em dias as pessoas estão usando o Outlook, o Google como ferramentas de gestão do tempo. É preciso planejamento semanal e diário. Planejamento semanal tem a ver com pensar as prioridades em cada papel e alocar o tempo antes da semana começar. Não comece a sua semana sem você saber as prioridades que deve realizar.

Sobre essa questão da produtividade, um dos grandes vilões é o e-mail. As pessoas param muito tempo nele.

Isso faz muito parte da 4ª escolha. Como domino minha tecnologia. Porque a tecnologia é uma faca de dois gumes. Eu posso melhorar ou piorar a minha produtividade. Usada sem muita consciência, a tecnologia atrapalha, você se dispersa. Por exemplo, você conhece algum viciado em tecnologia? Será que ela é uma pessoa que está sendo muito produtiva? Pense nisso depois... Geralmente o vício na tecnologia não é um bom caminho para a produtividade.

Mas há formas de tentar resolver essa questão, pelo menos no e-mail?
Com certeza. Existem regras que você pode colocar para evitar a chegada de spams em sua caixa. Ativar essa regra é uma maneira de ganhar muito tempo. Arquivar automaticamente aquilo que você não vai ler agora é outra forma. Você cria pastas e o sistema de e-mail vai colocar o arquivo nelas sem que chegue em sua caixa de entrada.

Outra coisa, por exemplo, é arrastar e-mails de reuniões direto para o calendário. O ideal já é transformá-lo em um compromisso. Então, existem várias práticas e ações que você pode fazer para melhorar a sua produtividade com a tecnologia. O que você não deve fazer é ficar muito passivo e deixar que a tecnologia atue sobre você. Tem gente que acha que passar o dia inteiro na caixa de e-mail é produtivo. Essa é uma das maiores armadilhas e mitos que vivemos hoje.

Ainda em relação ao e-mail: um profissional que recebe um volume grande diariamente deve olhar a caixa de entrada quantas vez por dia? O que você recomenda?
Existem algumas recomendações nesse sentido, mas não tem uma regrinha, uma receita fixa para todo mundo. Existe sim uma ideia que você não deve ver o dia inteiro. Um bom exemplo seria aquele executivo que vê o e-mail pela manhã, após o almoço e no final do dia. Ele não vê o dia inteiro, porque ele tem mais coisas a fazer. Ele se regra e cria os horários para responder. Interessante que, quando você cria essa regra para você mesmo, naturalmente, acaba educando os outros sobre isso. Elas sabem que você vê e-mail em alguns horários e que não adianta ficar esperando o e-mail antes daquele período. Então, é isso, ter limites. O ideal é ver menos vezes. Eu diria quer uma ou duas vezes por dia está de bom tamanho.

Chegamos, então, a quinta escolha. Qual seria ela?
É a energia. Energia tem a ver com se cuidar. Você realimentar a sua energia todo dia e toda a semana. Um esporte é muito importante, você se alimentar de maneira adequada também. Existem, inclusive, alimentos que aumenta o nível energético e, têm alimentos que tiram energia. Você relaxar, ter uma vida espiritual mais profunda. Tudo isso pode ajudar você a aumentar o seu nível energético e, por tanto, sua capacidade produtiva.

Então o descanso também é uma forma de ser produtiva?
Claro! É um engano achar que ser produtivo é trabalhar sem parar. Seria a mesma coisa dizer que eu vou chegar a um lugar bem distante dirigindo o dia inteiro, sem parar para abastecer. Não, a gente tem que parar para abastecer para chegar ao local.

Agora que você falou sobre as cinco escolhas. Para encerrar: como um líder pode colocar a produtividade como algo agregado a cultura da empresa?
Acredito que está muito relacionado ao que falamos sobre a implamentação da cultura do quadrante 2. Nessa matriz podemos separar entre as coisas importantes e não urgentes. Exemplo: preparação, prevenção, treinamento de pessoas, delegação. É importante conseguir transmitir isso para a equipe. É aquela questão: como é que você vai ter realização de tarefas de qualidade, entrega no prazo, com todas as especificações que o cliente deseja, dentro do custo e sem retrabalho? Todo líder tem que pensar nisso e uma excelente solução é trabalhar essa cultura de quadrante 2.

Por Fábio Bandeira de Mello, Administradores.com